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Teseu e o Minotauro - nos labirintos do século XXI
Teseu e o Minotauro - nos labirintos do século XXI

Teseu é o que se pode chamar de herói comum, nascidos de fatos e acontecimentos típicos da vida dos heróis.

Sempre em busca de aventuras nas quais pudesse demonstrar toda sua virilidade e coragem para receber o reconhecimento dos Deuses e políticos.

Quando trama a entrada ao labirinto para enfrentar o Minotauro, Teseu não sabe que defrontará sua própria sombra: a arrogância, a vaidade, a falsidade, a mentira e a ganância.

Tomou para si a perversidade de Minos e o domínio sobre os povos.

Neste momento, um jovem Teseu luta contra seu Minotauro em busca de glória e poder, sem imaginar que esta luta poderá elevá-lo à pior conseqüência no inconsciente de um ser.

“O Território Mental é o fluxo de pensamentos, afetos e percepções que utilizamos como fonte de referência para decidirmos a nossa ação no mundo”. Esse conceito é um dispositivo de transformação.

Ao matar lentamente o minotauro, Teseu mata sua sombra. Somos todos destinados a esse momento, o e confronto com nossa sombra.

O Labirinto subterrâneo é o simbolismo do nosso inconsciente mais profundo, raramente o alcance psicológico do sentido secreto de um mito aparece com tanta clareza – Minotauro é o touro de Minos – e representa a dominação perversa de Minos.

Desta forma, absorve para si também a perversão presa em sua sombra e que lhe permitia os atos heróicos sem a pretensão do subjugar.

Ariadne exercendo o papel de Cauto, das Parcas, fornece à Teseu o fio da vida que jamais se romperá enquanto seguro por dois lados, por suas doces mãos e pelas mãos do herói. Mas é esquecida em uma ilha, abandonada e só, a mingua, pelo capricho perverso do amado.

Então quem somos no século XXI Teseu, Ariadne e o Minotauro. Somos os jovens e homens e mulheres em busca de reconhecimento e da gloria, num mundo absolutamente capitalista e perverso, onde apenas os mais hábeis e mais fortes, onde apenas os mais capazes e mais astutos e, principalmente, aqueles que ignoram sua própria sombra poderão seguir o sucesso e alcançar vôos mais altos.

Pois como efetivamente podemos mudar de atitude somente através de uma perspectiva política, quando são os valores classicamente chamados de pessoais, de psíquicos, quase sempre inconscientes, que acabam atrapalhando o avanço da democracia, da colaboração, da sustentabilidade? Como falar de direitos humanos e saúde sem superarmos as brigas cegas pelo poder em todos os territórios, no interior das redes, das equipes, das organizações, dos movimentos sociais? Esse é o ponto cego da Teoria Social: a impotência de gerar valores comuns, provocada por uma concepção de uma liberdade absoluta e sem limite, e que acaba colaborando de maneira lamentável para a totalização pelo reconhecimento pelo capital, vale dizer pelo reconhecimento pelo outro”, disse ele.

Eles precisam escutar as suas dores e desafios comuns e repetidos, escutar suas necessidades para alcançarem uma mudança real e urgente.