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Todo sacrifício é menor do que a dor de uma mãe
Todo sacrifício é menor do que a dor de uma mãe

Quando todo sacrifício é menor do que a dor de uma mãe

Hermes, Demeter and Persephone's return from Hades, Leighton 1891.

Quando Prosérpina foi raptada por Hades e a levou ao submundo, Deméter, sua mãe, sofreu a dor da perda de um filho. Uma dor a que nenhuma mãe deveria ser submetida.

Implorou a Zeus que intervisse junto a Hades para que ele devolvesse Prosérpina ao mundo dos vivos. Indiferente, Zeus se recusou a ir contra seu irmão divino.

Inconsolável, Deméter refugiou-se e deixou os homens à sua própria sorte. Plantações morreram, a luz do sol não brilhava mais, a terra mergulhou no inverno permanente e o solo perdeu sua fertilidade.

Assim foi representada a dor de Deméter com a perda de sua única filha.

O sentimento da maternidade carrega consigo o eterno compromisso do cuidar. Não importa a idade dos filhos, nem onde eles vivem, o cuidar estará presente sempre, e por todo o tempo, na vida de uma mãe.

Nenhuma mãe estará preparada para perder seu filho. Não há dor maior na existência de uma mulher.

O dia das mães não deveria ser uma data isolada, deveria ser dia a pós dia, um ensaio de vida, de amor à vida que se criou. Infelizmente, não é assim.

Inconformada com o seu próprio sequestro, Prosérpina faz um pacto com Hades, implora que ele a deixe ver sua mãe, e ela se compromete a voltar ao submundo. Mas, com medo de perde-la, Hades lhe dá uma romã. Para os gregos, ingerir alimentos no submundo torna a pessoa que o recebe prisioneiro eterno. Assim, duas vezes ao ano, Prosérpina pode encontrar-se com a mãe, mas nas duas outras metades deverá viver com o senhor dos Mortos.

Assim criou-se o mito das quatro estações, durante o verão e a primavera Prosérpina encontra sua amada mãe, mas durante o outono e o inverno, Deméter padece com a ausência da filha e se torna reclusa.

A imagem das quatros estações representa as quatro fases de vida de um filho, a primavera e seu nascimento; o verão e os ímpetos da juventude; o outono e a maturidade e, finamente o inverno e a velhice.

Deméter simboliza todas as mulheres que exercem a maternagem, o cuidar de alguém como filho, provendo-lhes amor, abrigo, cuidado e alimento. Mas também simboliza todas aquelas que um dia geraram, mas que perderam seus filhos para a morte.

Somos todas Deméter.